quarta-feira, 26 de outubro de 2011

a maravilha laranja



Vento nos cabelos, amigos!


Finalmente consegui mexer nesse trambolho que é o chapéu do meu irmão! Para fazer ele funcionar, eu precisava dar um tapinha de leve na aba e dizer uma frase. Descobri isso depois que eu arremessei o troço no chão e soltei umas palavrinhas de fúria. Calhou da aba bater no chão e Raio na testa ser a senha. Preciso ter uma conversa séria com o Nico quando a gente se encontrar...

Retirei algumas informações do trambolho sobre a maravilha laranja. Nico menciona Von Nimbus duas vezes. Eu também vi Von Nimbus no céu, então acho que devemos ter caído muito perto um do outro. Ainda vou decifrar o porque da queda de meu irmão ter sido mais rápida que a de todos nós.

O pôr do sol estava realmente muito laranja naquele momento. Um laranja morninho, como se existisse para ajudar a secar toda a chuva. Enquanto caíamos, os pássaros e as pessoas eram pequenas gotinhas de tinta voando no céu. Clareada cantava uma melodia muito suave em ré maior (registro do trambolho). Eu estava leve, leve, voando como a Tôca. Percebi que todos os clareados estavam com uma expressão serena no rosto, mesmo os que estavam tristes momentos antes da queda. Uma sensação de fim de ciclo cheia de esperança me invadiu por completo. Enquanto caíamos, Clareada nos renovava. O nosso último presente da nuvem foi uma enorme carga de inspiração e força de vontade.

Só de escrever isso já me sinto levinha de novo! Vou amarrar pesinhos nos meus pés para não sair voando da cadeira. "O que clareou não apaga.", outro ditado de Clareada, eu estou começando a gostar muito dessas frases. Encontrei anotado em meu caderno, do lado de uma foto de Nico e Von Nimbus sorridentes. Que saudade...

Estou trabalhando para retirar todos os registros do trambolho. Agora que aprendi a mexer, esse chapéu que me aguarde! Minha mãe disse que ele está apitando e ameaçando explodir por causa da sobrecarga, mas é só uma fumaça preta boba. Preciso encontrar um jeito de mostrar tudo o que está saindo para vocês com urgência. Eu também trouxe tantos objetos e instrumentos de pesquisa do Nico para casa... Vou pensar em algo! Valentina Serpentina, valente no nome e em uma nova missão!

Brisa brevíssima!

Um comentário:

  1. Olá Bem Aventurados!

    Estou maravilhada pelas lindas estórias e ilustrações, é certamente um prazer conhecer Clareada, Valentina, Nico! e esta bicicleta voadora.

    Eu adoro bicicletas voadoras; o meu amigo, na faculdade, inventou uma bicicleta voadora, embora no caso da bicicleta dele, precisava ficar presa por cordas. Mas quem subia e pedalava, fazia as asas da bicicleta baterem com força e quase voar!

    . . .

    Das ilustrações que vocês postaram, tem um algo que me incomodou: as molduras. Elas chamam muita atenção, por serem pretas e terem muitos movimentos, acabam competindo com as ilustrações, que são suaves. Embora elas façam um diálogo com as escritas na lateral do blog, e que se não ouvesse elas, as ilustrações iriam invadir todo o espaço!

    Talvez uma moldura mais sutil, com menos movimentos, favoreça a ilustração, para podemos contemplar ela e embarcar neste mundo de tantas cores!

    . . .


    um grande abraço, Isadora Ferraz.

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